quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Os minutos após os rabiscos


Quando Jesus levanta daquele chão, deixando seus rabiscos na areia e pergunta a ela:
 
- Onde estão os teus acusadores? Ninguém te condenou?

Ele diz com Seus olhos de amor:

- Percebes que não é só tu que tens pecados? Não te sintas assim tão impura, tão abaixo deles.

 Ele não precisara dizer uma só palavra, mas sua atitude, seu olhar, devem ter confundido aquela mulher, que muda, estava diante daquele que pela primeira vez salvara sua vida, ela não sabia que Ele o faria de novo, só que dessa vez entregando a própria vida no lugar da dela.

 Exatamente nessa hora a graça exala seu perfume, e com seu jeito doce, Jesus libera aquela mulher:

 - Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais.

 Jesus foi além do que seus olhos podiam ver naquela hora. E foi ali, quase despida e ainda ofegante pelos momentos que há alguns minutos havia vivido, que ela se sentiu talvez pela primeira vez amada:

 -Quem é esse que me viu além dos meus atos? Que me viu além da sujeira que há em mim?

 Esse é Jesus de Nazaré. Esse é o homem que me faz entender que a Graça não identifica uma pessoa por seu pecado.

 "Jesus foi capaz de amar os homens porque ele os amava mesmo através da camada de lama".

  Tenho certeza que por muitas noites ela se perguntou, o que devo ter feito para merecer aquele tratamento? E como um filme, aquela cena se repetia involuntariamente dentro daquela mulher.

Ela precisava entender que a Graça não se recebe por mérito, nem é pagamento por boas ações. Um dos papéis da Graça é mostrar que o amor de Deus é proporcional a Sua grandeza.

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